‘Big techs’ prometem investimento bilionário em segurança digital após reunião com Biden

Algumas das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos se comprometeram a investir bilhões de dólares em segurança digital e treinamento de trabalhadores após uma reunião entre seus executivos e o presidente Joe Biden na última quarta-feira (25).

O encontro aconteceu em meio a uma escalada de ataques cibernéticos sofridas por companhias e entidades governamentais nos EUA.

A reunião incluiu quatro presidentes-executivos de gigantes de tecnologia: Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple), Andy Jassy (Amazon), Satya Nadella (Microsoft) e Arvind Krishna (IBM).

Após a reunião, o Google anunciou que se comprometeu a investir US$ 10 bilhões em segurança cibernética nos próximos cinco anos. Os valores serão destinados para o treinamento de cidadãos, projetos abertos de segurança, entre outros.

A Microsoft disse que investiria US$ 20 bilhões em cibersegurança nos próximos cinco anos e disponibilizaria US$ 150 milhões em serviços técnicos para ajudar os governos locais a atualizar seus sistemas de segurança e o treinamento de pessoal.

A IBM planeja treinar 150 mil pessoas durante três anos, enquanto a Apple disse que desenvolveria um novo programa para ajudar a fortalecer a cibersegurança na cadeia de fornecimento de tecnologia.

Já a Amazon disse que ofereceria ao público o mesmo treinamento de conscientização de segurança que dá aos seus funcionários.

Além das “big techs”, a Casa Branca recebeu executivos de grupos empresariais, bancos, seguradoras, organizações ligadas à educação e prestadoras de serviços essenciais, como água, gás e energia elétrica.


Nos últimos meses, várias empresas sofreram ataques que levaram à paralisação momentânea de suas operações. Algumas delas relataram ter sido vítimas de ransomware, um tipo de vírus que impede o acesso às informações em um sistema e exige o pagamento de uma espécie de resgate.


Entre elas, está a Colonial Pipeline, uma operadora americana de oleodutos, e a JBS, maior empresa de processamento de carnes do mundo.

No fim de 2020, os Estados Unidos sofreram um grande ataque, que afetou os servidores de correio eletrônico da Microsoft e o programa Orion, da empresa SolarWinds. Este último é usado para administrar e monitorar as redes de computadores de grandes empresas e do governo.

Para o governo, este ataque expôs a relevância da segurança de 16 “infraestruturas-chave” de setores como energia, defesa, produção industrial e alimentação.

Alguns analistas pediram sanções firmes contra a Rússia e outros países, de onde estes hackers estariam operando. Outros especialistas defendem uma melhor regulação das criptomoedas, exigidas pelos hackers como resgate para restabelecer os serviços atacados.

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