Como utilizar celulares e tablets nas empresas sem ferir a LGPD

Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi aprovada, as organizações precisaram se adaptar quanto a nova rotina e uso de dados. Porém, muitas empresas ainda não se atentaram a questão sobre a lei não atingir somente dados coletados e armazenados na internet, mas em smartphones e tablets empresariais também.

É necessário ficar atento quanto a esse ponto para que medidas cabíveis e adaptáveis sejam tomadas. Confira algumas medidas para que os cuidados adequados sejam tomados.

Dados armazenados

As empresas devem saber as informações que podem ser adquiridas, em qual local serão armazenadas, qual o tempo de armazenamento e para qual finalidade está sendo guardada. Quanto aos funcionários, é necessária uma regra de uso para smartphones e tablets empresariais quanto aos dados pessoais que podem ser adquiridos e armazenados.

Para Vinícius Boemeke, cofundador da Pulsus, organização de soluções de gerenciamento de dispositivos móveis, comenta que a regra também é válida para informações de usuários, terceiros e fornecedores. “As empresas precisam ter formas de evitar que essas informações sejam expostas, alteradas ou utilizadas de forma indevida”, disse.

Aquisição de informações

A LGPD diz que a aquisição dos dados pessoais poderá ser feita conforme o consentimento dos consumidores. Essa autorização e seu respectivo armazenamento de dados podem ser revogados quando o usuário quiser.

O cofundador Vinícius Boemeke reforça que é necessário o respeito não apenas para a necessidade da autorização, como também a autonomia do cliente para retirar sua autorização. “A forma como o consentimento é dado é importante: é preciso que seja confiável e verificável, como um formulário, uma autorização, uma mensagem ou algo semelhante.

Cultura entre colaboradores

Os colaboradores devem ser treinados, educados e informados quanto aos cuidados que devem possuir com os smartphones e tablets empresariais. Usar de forma inadequada os aparelhos, torna o risco de exposição de dados como um dos principais fatores diante de uma falha com os dados dos usuários. Vinícius salienta que o apoio do setor jurídico deve ser presente, os funcionários também precisam saber se posicionar quanto à LGPD.

Os colaboradores precisam respeitar as regras de segurança e os protocolos estabelecidos quanto as senhas. Cabe lembrar que os aparelhos empresariais são apenas para uso corporativo, e não cabem dentro de uma comunicação quanto a tratativas pessoais, nem retorno a mensagens suspeitas ou o download de arquivos e apps sem autorização.

Gerenciamento com dispositivos móveis

Quando os aparelhos são usados de forma indevida, pode levar a riscos e esses podem ser evitados quando há o gerenciamento adequado dos dispositivos móveis empresariais. Dessa forma, a execução das tarefas se torna mais segura, como a instalação de apps, regrar normas para os downloads e a utilização de aplicativos indevidos, a coleta e armazenamento das informações quanto ao uso dos aparelhos automaticamente.

Com as ferramentas adequadas, torna-se possível que configurações de segurança, como não utilizar os aparelhos fora do horário de trabalho. “Se acontecer uma exposição ou mau uso de dados sob a responsabilidade da empresa, ela estará mais protegida por ter tomado providências para evitar isso”, comenta Vinícius.

Fonte: CanalTech

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