Nos dias 2 e 3 de outubro ocorre a primeira edição do Simpósio Internacional de Transformação Digital no SUS, organizado pelo Ministério da Saúde. Estarão presentes gestores, profissionais da área e pesquisadores e o evento ainda contará com 50 expositores.
Alguns dos temas dos painéis são:
- experiências integradas em telessaúde;
- transformação digital dos sistemas de saúde;
- ciência de dados e inteligência artificial;
- Complexo Econômico e Industrial da Saúde;
- modelos de arquitetura de interoperabilidade, como o da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS);
- gestão e proteção de dados pessoais.
Ocorrendo no modelo híbrido o evento obteve mais de 4,5 mil inscritos, que estarão presentes de maneira remota ou presencial. Para que seja possível realizá-lo foi necessário a parceria da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) e Conselho Nacional de Saúde (CNS).
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Além destas organizações também foi necessário contar com o suporte da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTms), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
O Simpósio contará com a divulgação das ações relacionadas à utilização de tecnologias digitais no SUS, exposição de medidas que funcionaram, em painel eletrônico e vídeo, e exibição de projetos de parceiros.
Com as realizações, a Comissão Científica do Evento obteve 245 experiências que iniciarão o processo de criação de uma rede colaborativa de projetos de mudança digital em desenvolvimento o SUS.
De acordo com Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, “a saúde digital desempenha um papel cada vez mais estruturante nos sistemas de saúde em âmbito global. No SUS, temos avançado muito na adoção do prontuário eletrônico, nas aplicações da telessaúde, no estabelecimento da arquitetura de interoperabilidade da RNDS para garantir a continuidade do cuidado e o acesso do cidadão ao seu prontuário e seus dados clínicos por meio do ConecteSUS.”
Ainda reforça que é uma oportunidade de criação de políticas públicas direcionadas à área. Com o Simpósio é possível visualizar que o processo de criação de soluções é tão relevante quanto o que é dado aos indivíduos, conforme revela a assessora técnica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e co-realizadora do Simpósio, Cristina Balestrin.
Ela ainda destaca que “construir, transformar e entregar. Tão relevante quanto as muitas possibilidades de oferta e ampliação de acesso, é a jornada consistente e colaborativa nas iniciativas de Saúde Digital. Todos juntos pela saúde do cidadão brasileiro com qualidade e sustentabilidade.”
Painéis
O painel inicial dará destaque para “A transformação digital na saúde: diálogos e perspectivas.” O professor da Universidade de Harvard Rifat Atum e especialista em saúde digital do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), Massoud Armed, estará presente.
Logo em seguida, na terça-feira, o tema de destaque serão os Sistemas de informação em saúde e o modelo de arquitetura de interoperabilidade da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). A ministra da Saúde, Nísia Trindade, estará presente nesta data.
O evento ainda conta com a curadoria de tres departamentos, são eles: Departamento de Monitoramento Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas (Demas); Departamento de Saúde Digital e Inovação (DESD) e Departamento de Informação e Informática em Saúde (DataSUS).
Exames com retinógrafo portátil serão realizados pelo Núcleo de Telessaúde e Telemedicina de Goiás (NUTTS). É válido ressaltar que a retnografia está presente no Programa Permanente de Detecção das Principais Causas de Cegueira que organiza a campanha de encontro de casos de catarata, glaucoma, retinopatia diabética e DMRI (degeneração macular relacionado à idade). Com ela é possível que os cidadão obtenham o resultado por e-mail em 24 horas.
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O Simpósio contará com o painel Vacinometro, uma criação do departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde Demas e
do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (DPNI/SVSA/MS).
Com ele é possível obter análises desagregadas até o nível de estabelecimento de saúde, assim como a visualização da faixa etária, variáveis sexo, raça e cor. Com isso, os profissionais, gestores e cidadão conseguirão encontrar informações de maneira detalhada, o que contribui para um melhor atendimento. Dados da RNDS são utilizados pelo painel.
UTI conectada e telessaúde
Três casos bem sucedidos são chefiados pelo professor Chao Lung Wen, que atua como Presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTMS) e leciona a disciplina de Telemedicina da FMUSP. São eles:
- a Telessaúde Integrada: a Estação Telessaúde Integrada de Bem-Estar;
- o Teleambulatório de Cuidados Integrados Biopsicossocial;
- o Programa Santos Jovem Doutor.
Conforme revelou Wen, a “telessaúde, mais do que o provimento de serviços, pode ser compreendida como estratégia de reorganização de processos da Saúde por meio da estruturação de uma Cadeia Produtiva de Saúde, envolvendo uso de Tecnologias Digitais e de Informação e Comunicação. Envolve desde a Promoção de Saúde e Prevenção de Doenças e Agravos (autocuidados e Saúde nas Escolas) até a reintegração social com cuidados integrados domiciliares.”
O HCFMUSP ficará responsável por mostrar a experiência em TeleUTI. Carlos Carvalho, professor e diretor de Saúde Digital do HCFMUSP, a organização tem se empenhado para debater sobre as mudanças que o universo tecnológico proporciona para a população e sua saúde.
Ele reforça que contam com “uma frente na formação/capacitação de estudantes e profissionais, outra no teste de biossensores e equipamentos de telemonitoramento (para pacientes crônicos) e outra na teleassistência, desde Atenção Primária, atendimentos pacientes agudos em pronto socorros, atendimento de pacientes graves (TeleUTI) e mesmo telecirurgias e teleespecialidades (cardiologia, neurologia, psiquiatria etc).”
Oferecimento de oficinas e pesquisas
Por fim, é válido destacar que o Simpósio ainda terá oficinas específicas, como a realizada pelo DataSUS voltada para interoperabilidade e uso de dados. Uma Pesquisa de Percepção do Programa Conecte SUS ainda será oferecida detalhando a experiência do Congresso do Conasems em Goiânia-GO e outras vivências nos totens de atendimento.
O primeiro dia contará com o oferecimento da oficina do RNDS, Padrão HL7 e Interoperabilidade. Já o segundo terá o “Uso de dados administrativos para pesquisa populacional” como tema.
Uma outra pesquisa possibilitará o entendimento de como o público do evento visualiza as plataformas do Programa Conecte SUS e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Fonte: Gov Br
