Recentemente, a Agência de Proteção de Dados da Itália informou a proibição do uso de dados pessoais de usuários italianos pela empresa de inteligência artificial Replika em seu chatbot. A Agência alega riscos para menores e pessoas emocionalmente frágeis.
Embora o “amigo virtual” prometa melhorar o bem-estar emocional do usuário, na visão do regulador italiano, ao interferir no humor do usuário, “pode aumentar os riscos para indivíduos ainda em estágio de desenvolvimento ou em estado de fragilidade emocional“.
Lançada em 2017, a startup norte-americana oferece aos clientes avatares personalizados que falam e ouvem.
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O chatbot despontou entre os falantes de inglês e é gratuito, apesar disso, gera aproximadamente 2 milhões de dólares em receita mensal com a venda de recursos como chats de voz.
Outro aspecto apontado pela agência é a falta de um recurso capaz de verificar a idade, como filtros para menores ou um dispositivo de bloqueio se os usuários não declararem explicitamente sua idade.
Para o órgão de vigilância, a Replika infringe os regulamentos europeus de privacidade e processa dados pessoais ilegalmente, já que não pode se basear, mesmo implicitamente, em um contrato que um menor não possa assinar.
A empresa norte-americana Luka, desenvolvedora da Replika, deverá notificar a autoridade italiana sobre as ações adotadas para implementar as medidas de segurança em 20 dias. A multa pode chegar a 20 milhões de euros ou até 4% de seu faturamento anual global.
A Replika não comentou o assunto.
Fonte: Época Negócios
Autor(a): Reuters