Projeto do Senado busca inserir dados raciais em documentos trabalhistas

Um novo projeto de lei foi aprovado pelo Senado no último dia 21. Com aceitação da Câmara, ele impõe que os gestores e empregadores insiram informações étnico-raciais em documentos trabalhistas. Ainda é necessário que o texto seja sancionado pelo atual presidente da República. 

A ideia é que a obrigatoriedade seja voltada tanto para o setor privado como para o público. O texto insere essas iniciativas no Estatuto da Igualdade Racial. A identificação racial e étnica precisará ser realizada pelo colaborador. 

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De acordo com o projeto a  identificação precisa estar em:

  • formulários de acidentes de trabalho;
  • registros do Sistema Nacional de Emprego (Sine);
  • questionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  • documentos de admissão e demissão;
  • Relação Anual de Informações Sociais (Rais);
  • documentos voltados para inscrição de segurados e dependentes da Previdência Social.

Para Paulo Paim (PT-RS), relator da proposta, essa informação é capaz de auxiliar o poder público a compreender a atuação dos trabalhadores para que “possa implementar, de forma cirúrgica, políticas destinadas a tornar realidade” a igualdade de chances do mercado de trabalho para as pessoas negras, ponto destacado pelo Estatuto da Igualdade Racial.

Com o projeto é esperado ainda que o IBGE realize, de cinco a cinco anos, um estudo para entender a inserção dos segmentos étnico-racial no ambiente público. Dessa forma também ajuda na inclusão da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial (PNPIR).

Paim reforça que “com tal olhar e as medidas dele decorrentes, o poder público poderá servir de farol às organizações privadas, no sentido de promover a eliminação da discriminação racial tão nociva ao povo brasileiro“.

Fonte: G1

Autor(a): Kevin Lima

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