SP: 1° delegacia voltada para combate a crimes de fraudes biométricas é inaugurada

No dia 24 de novembro, a Polícia Civil de São Paulo inaugurou a primeira delegacia voltada especialmente para combater crimes de fraudes biométricas no estado. 

A Delegacia de Polícia de Combate a Crimes de Fraude Documental e Biometria vai operar na Avenida Avenida Casper Líbero, na Luz, Centro da capital paulista. E estará subordinada ao Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol).

A criação de uma delegacia especializada se deu pela necessidade de centralizar as operações de combate aos crimes de fraudes biométricas, que têm se aperfeiçoado com o apoio das tecnologias usada pelos criminosos. 

Será responsabilidade da delegacia investigar casos de documentos e identidades falsas e fraudes biométricas por meio de impressões digitais etc. O funcionamento será dentro do prédio do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRG).

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O delegado do Dipol, Maurício Correali, explicou que “na atualidade, em razão da evolução tecnológica e da aquisição de ferramentas de identificação eletrônica de impressões digitais, expandiu-se o leque de atribuições do DIPOL, fato que reclama centralização investigativa e especialização funcional”.

No primeiro momento, o foco do trabalho da delegacia será na capital, porém, poderá ser ampliado para outras cidades do estado, dependendo das investigações. 

O Departamento de Inteligência da Polícia Civil é comandado pelo delegado Caetano Paulo Filho. “Essa nova delegacia será mais um serviço que a instituição oferecerá à população de São Paulo”, disse ele. 

A inauguração contou com a participação do governador Rodrigo Garcia (PSDB).

Banco de dados biométricos

Desde 2015 todas as biometrias do estado foram inseridas no sistema computadorizado da Polícia Civil, o Afis. Ele está entre os equipamentos que serão utilizados pela delegacia para identificar esquemas fraudulentos. 

Esse banco de dados ajuda nos cruzamentos de informações para descobrir fraudes. Antes da criação da delegacia, os crimes biométricos eram investigados exclusivamente em cada um dos distritos policiais da cidade de São Paulo.

Nos últimos dois anos foram abertos mais de 150 inquéritos em distritos policiais para investigar suspeitas de fraudes biométricas no estado, segundo informações do Dipol. 

Neste período, foi identificado pelo IIRGD, por exemplo, mais de 1 mil incompatibilidades de biometria num banco de dados de aproximadamente 6 milhões de dados biométricos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo.

Em 2013, a polícia paulista chegou a descobrir um esquema fraudulento em Ferraz de Vasconcelos que envolvia o uso de dedos de silicone para burlar sistemas do ponto eletrônico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Fonte: G1

Autor: Kleber Tomaz

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