Para que as empresas possam utilizar os novos serviços de maneira segura é preciso que a demanda por uma infraestrutura de cloud moderna, robusta e blindada cresça. Isso porque a chegada do 5G vai aumentar exponencialmente a criação, captura e circulação de dados.
É importante que a inteligência em segurança cibernética faça parte da estrutura central de planejamento do negócio.
Outro ponto importante a se atentar é que governos e autoridades vêm impondo leis e normas estritas de proteção de dados, sob pena de multas rigorosas. Com isso, muitas empresas já estão se adequando e estabelecendo áreas próprias para tratar sobre proteção de seus dados.
O diretor executivo de Soluções Digitais da Embratel, Mário Rachid, disse: “Nosso SOC (Centro de Operações de Segurança) já foi criado e preparado para IoT (Internet das Coisas). Quem não estiver preparado com essas ferramentas que consigam fazer análises preditivas desse tráfego, de ataques e riscos de ataques terá muitos problemas”
A Embratel também possui tecnologia de machine learning (aprendizado de máquinas) para tratar melhor as questões de segurança, de acordo com a demanda do cliente e operação.
“Quando entramos com um cliente novo, o sistema passa em média de 30 a 60 dias aprendendo como funciona todo o tráfego do negócio e seus padrões. Nesse processo, vamos mapeando e limpando essas informações, até que a ferramenta passe a indicar situações de riscos reais”, explica Rachid. “O próprio cliente também é envolvido, num trabalho inicial a quatro mãos”, acrescenta.
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Ainda, a Embratel também promove treinamento aos clientes, com projeção de situações futuras e acompanhamento de toda a estrutura de segurança digital.
“O cliente conta para nós o que vai acontecer, para que não precisemos alarmar com coisas que não sejam relevantes. A interação é total e, quando já há uma maturidade sobre segurança, ela é muito mais rápida e produtiva. Quando o cliente está num estágio inferior, temos ainda um trabalho de elencar as correções, inclusive questões de campanhas de segurança”, afirma Rachid.
Segundo o executivo, o treinamento e a conscientização são muito importantes para que tomadores de decisão realmente atendam a novos riscos digitais.
“Dispositivos de Internet das Coisas, que são conectados, hoje representam portas abertas para problemas de segurança, mas muitos tendem a achar que apenas o computador oferece riscos. Não é mais assim: aquele sensor que foi colocado em uma máquina, ou uma câmera, por exemplo, precisa ter sua proteção garantida ali. Temos que monitorar 100% dos dispositivos que podem causar danos – ou seja, qualquer coisa que esteja conectada na rede”.
Por fim, Rachid explica qual a diferença para o futuro com 5G em um ambiente corporativo: “Hoje você monitora mil elementos. Com as novas redes, passaremos para dez mil. Se não houver preocupação com isso, a empresa acaba exponenciando seu problema de segurança”.
Fonte: Terra
Autor(a): Estadão Blue Studio