Preocupação com dados sigilosos foi destacada durante ataques de 8 de janeiro; entenda

A invasão ocorrida em 8 de janeiro de 2023, nos prédios dos três Poderes em Brasília, levaram a polícia judiciária a se atentar para a sala dos processos onde estão localizados os processos do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ala administrativa e os gabinetes estão localizados em um prédio próximo ao edifício principal. As duas são interligadas por uma garagem localizada no subsolo do tribunal, onde oito indivíduos foram aprisionados por tentarem entrar nos gabinetes dos ministros. 

LEIA TAMBÉM: LGPD na Administração Pública

Para evitar a entrada de mais indivíduos, 100 policiais judiciários decidiram fechar os acessos dos presentes. Passaram a proteger o Supremo de mais de 4 mil manifestantes que estiveram na Corte, durante 40 minutos. 

Marcelo Schettini, secretário de segurança do STF, revelou ao Jornal Folha de S.P. uma outra preocupação do momento: a de que ministros não estivessem em riscos a fim de evitar um ataque dos manifestantes e uma possível perseguição. 

Schettini revela que “estávamos preparados para outro cenário e, quando vimos que a Esplanada foi aberta, acendeu uma luz vermelha. Nosso planejamento já segurou um número grande de pessoas, então não se acreditava que, tendo 4.000 pessoas, alguma coisa poderia falhar. O planejamento cai igual um efeito dominó, se um falhou lá em cima, esse outro vai falhar.“

Detalhes sobre o ataque

A invasão ocorreu nos três prédios mais relevantes do Brasil, onde os manifestantes aproveitaram o momento para adentrar as instalações, quebrar quadros e vidraças e destruir mobílias e poltronas. A facilidade para realizar tais ações apenas não foi maior que a vergonha que o país teve que passar diante do olhar internacional. 

SAIBA MAIS: LGPD em 2024: expectativas e tendências da proteção de dados

Os atos foram filmados pelos cidadãos e o Brasil teve a sua reputação afetada mundo afora, após ter passado por quatro anos de um governo imprudente. O fato ocorreu uma semana depois da vitória democrática do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A mesma rampa utilizada pelo presidente para adentrar o prédio foi usada para a invasão dos cidadãos que se intitulam de patriotas. 

Após o acontecido, 1398 manifestantes foram presos, triados e levados aos presídios Centro de Detenção Provisória (CDP), presos masculinos, e Penitenciária Feminina (Colmeia), presas femininos. Além disso, os nomes e datas de nascimento dos invasores foram divulgados pela Polícia Federal, e estão disponíveis ao público atualmente.

Previamente à prisão os invasores foram levados, através de ônibus, para serem identificados no ginásio da PF. Permaneceram por menos de três dias e não tiveram que esperar pelas 72 horas. Durante o período utilizaram seus aparelhos móveis para relatar sobre o tratamento recebido por eles e reclamar do pequeno espaço, banheiro coletivo, comida de marmita, entre outros tópicos. 

Após terem dado os depoimentos, cerca de 648 pessoas foram liberadas e outras 1159 levadas aos presídios. Eles se reuniram com aproximadamente 200 indivíduos que já haviam sido algemados na Praça dos Três Poderes.

Fonte: Jornal Opção 

Autor(a): Raphael Bezerra

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.