Autoridades do Japão anunciam recuperação de dados de vítima do ransomware LockBit

As autoridades japonesas disseram que conseguiram destravar arquivos de pelo menos três empresas afetadas pelo ransomware LockBit. 

Como parte dos trabalhos de combate aos ciberataques da polícia do Japão, a recuperação teria ocorrido completamente, sem precisar de pagamento de resgate ou negociação com os criminosos. 

Há, pelo menos, 2,4 mil investigadores e técnicos trabalhando em forças-tarefas ligadas à investigação e combate ao crime cibernético no país. 

O Japão também integra uma iniciativa internacional de luta contra o ransomware, que deve começar a agir em janeiro e é formada por especialistas de 36 países. A ideia é que compartilhem conhecimento, dados de ataques e táticas de controle, investigação e recuperação. O Brasil não está na lista. 

Não foram divulgados detalhes sobre os casos, mas uma das companhias afetadas e, posteriormente, recuperadas foi a fabricante de peças automotivas Nittan. 

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De acordo com as informações oficiais, ela teria sido atingida por um atau de ransomware do LockBit em setembro de 2022, sendo capaz de recuperar acesso a dados e sistemas internos sem precisar entrar em contato com os cibercriminosos, apenas a partir da iniciativa dos especialistas em tecnologia da polícia. 

Segundo as autoridades, antes da liberação completa anunciada agora, pelo menos parte dos arquivos em investigação anteriores já haviam sido recuperados.

Os detalhes técnicos serão mantidos em sigilo, com a intenção de evitar que os próprios criminosos os utilizem para melhorar seus métodos. No entanto, serão compartilhados apenas com agências internacionais de combate ao cibercrime.

A LockBit é considerada uma das quadrilhas mais relevantes da atualidade, sendo responsável por ataques a diferentes empresas de grande porte. Os ataques aconteceram, inclusive, no Brasil, com a prestadora de serviços de atendimento Atento sendo sua principal vítima. 

Lá fora, nomes como Accenture e os governos da Itália e do Reino Unido já foram alvo do grupo, que além de bloquear o acesso aos dados, ainda pratica extorsão para não divulgar publicamente as informações roubadas.

Fonte: Canal Tech

Autor(a): Felipe Demartini

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