No próximo ano, ficará mais complicado cruzar a fronteira para um país da Europa para os estrangeiros. Isso porque a Europa irá adotar um novo sistema chamado EES (sistema de entrada e saída) que mudará o processo atual. A mudança ocorrerá a partir de maio de 2023.
As duas principais mudanças no processo de serão:
- Além das informações nos passaportes, o sistema coletará dados biométricos (impressões digitais e imagens faciais) e armazenará para referência futura – da mesma forma que os EUA fazem atualmente.
- Os carimbos de passaporte podem ser demorados, pois as datas precisam ser conferidas manualmente, em vez disso, o sistema fará o registro automático e de forma exata sobre a entrada de alguém no país, para saber imediatamente se a estadia foi excedida.
Com isso, é esperado que o sistema auxilie na busca por pessoas que não estão sendo encontradas pelo atual sistema de monitoramento. Grande parte dos viajantes pode permanecer 90 dias sem visto, durante um período de 180 dias, considerado tempo suficiente para a maioria das férias. Isso também se aplica a pessoas que têm segundas residências na França.
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Para os cidadãos da União Europeia não terá mudanças ou para as pessoas que viajam dentro do espaço Schengen, entre França e Espanha, por exemplo. Será afetada apenas as pessoas que chegam de fora dessa área.
A zona Schengen é atualmente composta por 22 países da UE, mais Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
No caso de viajantes que cruzam a fronteira de avião ou trem, os procedimentos são em sua maioria automatizados e é improvável que haja uma grande diferença. Contudo, ainda não está claro como os viajantes que chegam de carro seriam afetados.
Atualmente, os carros fazem o pré-registro de todas as pessoas que estão viajando nele, como na fronteira do Eurotúnel entre a França e o Reino Unido, e posteriormente entregam os passaportes juntos para carimbar. Ainda resta dúvidas se todos serão obrigados a sair do carro para registrar seus dados biométricos.
Para as pessoas com nacionalidade dupla, as viagens podem acontecer utilizando seus passaportes da UE e serem isentas, e as pessoas que residem em um país da UE podem mostrar seus cartões de residência (como a Carte de Séjour na França) para impedir que o sistema inicie uma contagem regressiva de 90 dias após a entrada no país.
Ainda não foi confirmado como o EES trabalharia com essas pessoas usando as barreiras automatizadas, pois não se saberia se existe um visto ou cartão de residência.
Fonte: Forbes
Autor(a): Alex Ledsom
